As seleções femininas de base do nado artístico abriram uma vaquinha para arrecadar até R$ 106 mil para poder treinar para o Sul-Americano Sub-15 e Sub-19, no Peru e nos Jogos Pan-Americanos Júnior, em Cali na Colômbia. As meninas tomaram a iniciativa após o COB (Comitê Olímpico Brasileiro) cortar as verbas para o ciclo de treinamento, comprometendo a remuneração das equipes técnicas e a preparação para as competições.
O Sul-Americano acontece daqui a duas semanas e as atletas reclamam que não podem treinar, usando como argumento a cobrança de grandes resultados, não acompanhado de investimento proporcional à pressão.
No último sábado (16), a COB (Comitê Olímpico Brasileiro) anunciou o corte de todas as verbas voltadas para o Nado Artístico brasileiro. Isso, a menos de duas semanas para o campeonato Sul-americano e menos de dois menos para o Pan-americano.
A Seleção de Nado Artístico encontra-se totalmente vulnerável a situação. Uma vez que essa decisão prejudicará não só as idas as disputas. Mas também na remuneração da equipe técnica e nos treinos das atletas, que estavam se preparando desde fevereiro para representar nosso país.
Sem ter o que fazer, as atletas tiveram a iniciativa de começar uma vaquinha ‘online' para ajudar a custear a ida aos campeonatos internacionais e contam com uma mobilização no Instagram pedindo por ajuda e visibilidade.
Se você tem interesse em ajudar nossas atletas a irem representar nosso país, ajude-as contribuindo com a vaquinha: https://www.vakinha.com.br/vaquinha/cob-inviabiliza-treinamento-da-selecao-brasileira-de-nado-artistico.
O COB responsabiliza a CBDA (Confederação Brasileira de Desportes Aquáticos), que não prestou contas da gestão Coaracy Nunes e por isso não pode receber os recursos da Lei Agnelo/Piva, que regulariza os repasses na divisão do dinheiro arrecadado das Loterias Caixa.
Com a CBDA impossibilitada, o COB é quem executa as verbas repassando a verba tanto para treinamentos e competições quanto para o pagamento do salário dos colaboradores e sede das federações. O comitê olímpico afirma que a confederação de natação já estourou a sua cota na divisão, por sua vez, a confederação afirma que a mudança de sede do Sul-Americano da Bolívia para o Peru, no mês de agosto, encareceu a viagem.
O sul-americano terá a presença também dos atletas da natação, polo aquático, maratona aquática e saltos ornamentais, o que deixa apenas o valor total das passagens em R$ 1 milhão. Com o custo, o COB pediu a redução da delegação, o que foi negado pela CBDA, a entidade olímpica então cortou do orçamento dos treinos.
Com essa briga as atletas que ficam prejudicadas.
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